terça-feira, 28 de setembro de 2010

Materiais Reutilizados

A reutilização de materiais é necessária para evitarmos o desperdício e o consumismo exagerado.
O ovo foi utilizado para o plantio de alpiste


garrafas pets se transformaram em uma jardineira















sábado, 24 de abril de 2010

Carta da Terra

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

TERRA, NOSSO LAR

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A SITUAÇÃO GLOBAL

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

DESAFIOS FUTUROS

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.

RESPONSABILIDADE UNIVERSAL

Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Harmonia entre Homens e Meio Ambiente

Uma sociedade sustentável, segundo os PCNs, é aquela que vive em harmonia
com nove princípios interligados apresentados a seguir:


• Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos (princípio
fundamental). Trata-se de um princípio ético que “reflete o dever de
nos preocuparmos com as outras pessoas e outras formas de vida, agora
e no futuro”.


• Melhorar a qualidade da vida humana (critério de sustentabilidade).
Esse é o verdadeiro objetivo do desenvolvimento, ao qual o crescimento
econômico deve estar sujeito: permitir aos seres humanos “perceber o
seu potencial, obter autoconfiança e uma vida plena de dignidade e
satisfação”.


• Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra (critério de
sustentabilidade). O desenvolvimento deve ser tal que garanta a proteção
“da estrutura, das funções e da diversidade dos sistemas naturais do
Planeta, dos quais temos absoluta dependência”.


• Minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis (critério de
sustentabilidade). São recursos como os minérios, petróleo, gás, carvão
mineral. Não podem ser usados de maneira “sustentável” porque não
são renováveis. Mas podem ser retirados de modo a reduzir perdas e
principalmente a minimizar o impacto ambiental. Devem ser usados de
modo a “ter sua vida pro-longada como, por exemplo, através de
reciclagem, pela utilização de menor quantidade na obtenção de
produtos, ou pela substituição por recursos renováveis, quando possível”.


• Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra
(critério de sustentabilidade). Não se pode ter uma definição exata, por
enquanto, mas sem dúvida há limites para os impactos que os ecossistemas
e a biosfera como um todo podem suportar sem provocar uma destruição
arriscada. Isso varia de região para região. Poucas pessoas consumindo
muito podem causar tanta destruição quanto muitas pessoas consumindo
pouco. Devem-se adotar políticas que desenvolvam técnicas adequadas
e tragam equilíbrio entre a capacidade da natureza e as necessidades de
uso pelas pessoas.


• Modificar atitudes e práticas pessoais (meio para se chegar à
sustentabilidade). “Para adotar a ética de se viver sustentavelmente, as
pessoas devem reexaminar os seus valores e alterar o seu comportamento.
A sociedade deve promover atitudes que apóiem a nova ética e
desfavoreçam aqueles que não se coadunem com o modo de vida sustentável.”


• Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente (meio
para se chegar à sustentabilidade). É nas comunidades que os indivíduos
desenvolvem a maioria das atividades produtivas e criativas. E
constituem o meio mais acessível para a manifestação de opiniões e
tomada de decisões sobre iniciativas e situações que as afetam.


• Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento
e conservação (meio para se chegar à sustentabilidade). A estrutura
deve garantir “uma base de informação e de conhecimento, leis e
instituições, políticas econômicas e sociais coerentes”. A estrutura deve
ser flexível e regionalizável, considerando cada região de modo integrado,
centrado nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos
e políticos que influem na sustentabilidade dos processos de geração e
distribuição de riqueza e bem-estar.


• Constituir uma aliança global (meio para se chegar à sustentabilidade).
Hoje, mais do que antes, a sustentabilidade do planeta depende da
confluência das ações de todos os países, de todos os povos. As grandes
desigualdades entre ricos e pobres são prejudiciais a todos. “A ética do
cuidado com a Terra aplica-se em todos os níveis, internacional, nacional
e individual. Todas as nações só têm a ganhar com a sustentabilidade
mundial e todas estão ameaçadas caso não consigamos essa
sustentabilidade.”

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro091.pdf

terça-feira, 6 de abril de 2010

Aquecimento Global

O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.

As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno.

No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CO4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.

O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano se tornou 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.

Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas se comprometem a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja atingida, o principal é os Estados Unidos.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.

http://www.brasilescola.com/geografia/aquecimento-global.htm

Carta 2070

sexta-feira, 2 de abril de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Nós Professores todo ano trabalhamos, ao menos um pouco, sobre educação ambiental, sempre falamos as mesmas coisas e pronto, já estamos satisfeitos por achar que demos a nossa contribuição para um mundo melhor.
Mas nós costumamos cobrar atitudes ambientalmente corretas dos alunos, enquanto que nossas atitudes as vezes deixam a desejar, por exemplo:
- quase todo ano trocamos de carro, muitas vezes por um mais veloz e potente, que também polui mais, isso já se tornou costume entre os professores no começo do ano e vamos para escola sozinhos com nosso precioso automóvel, mesmo morando à alguns quarteirões da mesma, enquanto que nossos alunos vêm para a escola de bicicleta, a pé ou de carona, onde um pai leva vários alunos;
-também "adoramos" trabalhar com o reaproveitamento de sucata, mesmo que para fazer um atividade com este material tenhamos que gastar muito mais, tanto em material, quanto em dinheiro e tempo para que o acabento fique bonito;
-adoramos deixar as luzes da escola acesas, seja de noite ou seja de dia;
- não ligamos o mínimo para os catadores de recicláveis, quando separamos nosso lixo para os catadores, fazemos com um ar de superioridade e de piedade, até parece que nós os estamos ajudando e não eles que estão resolvendo o problema do nosso lixo;
-também gostamos de falar da importância da floresta, mas muitas de nossas escolas não têm se quer uma árvore, nem mesmo na calçada;
-coletor de material reciclável que na minha opinião deveria ter em toda a cidade, só é comprado e usado na escola quando o assunto se torna moda, depois quebrou, acabou.
É triste por que nós temos a consciência do mal que fazemos para o meio ambiente e nem assim mudamos nossos costumes, ou vícios, como podemos cobrar de uma criança que esta não jogue lixo no chão se talvez a sala dos professores esteje suja, como pediremos para que ela reaproveite os materiais descatáveis, se na sala dos professores é consumido dezenas de de copos descatáveis por dia, e só economizamos diante da dura de diretores, mesmo assim ficamos de cara feia.
Contudo, acredito que somos nós professores e funcionários das escolas que temos que ter mais humildade para aprender com pessoas que talvez não tenham tanto conhecimento e escolaridade ou que podem ser mais novas do que nós, no caso de nosssos alunos, mas que estão não só falando, mas tomando atitudes por um mundo melhor.
Só assim sairemos do famoso blá blá blá, para realmente tomar-mos atitudes ambientalmente corretas.

terça-feira, 16 de março de 2010

Meio Ambiente e PCNs

A seguir temos os objetivos para o tema meio ambiente nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental:

Parâmetros Curriculares Nacionais 1ª a 4ª séries

Meio Ambiente

Objetivos

• conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico, as noções
básicas relacionadas ao meio ambiente;
• adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a
interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;
• observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de
modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar
de modo reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável
e a boa qualidade de vida;
• perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações
de causa-efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no
tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente
diante das condições ambientais de seu meio;
• compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de
conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem,
aplicando-os no dia-a-dia;
• perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural,
adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do
patrimônio natural, étnico e cultural;
• identificar-se como parte integrante da natureza, percebendo os processos
pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa,
responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente.

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro091.pdf


Parâmetros Curriculares Nacionais 5ª a 8ª séries

Meio Ambiente

Objetivos

• identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se afetivamente ligados a ela, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente;
• perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural, adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural;
• observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida;
• adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;
• compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente;
• conhecer e compreender, de modo integrado, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente;
• perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa/efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio;
• compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia.

Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998

segunda-feira, 15 de março de 2010

MEIO AMBIENTE E RCNEI


Ao contrário dos Parâmetros Curriculares Nacionais onde o tema Meio Ambiente faz parte dos temas transversais, no Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil temos o tema Natureza e Sociedade que faz parte do Conhecimento de Mundo assim como: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita e Matemática.
A seguir temos a introdução e os objetivos que foram extraídos do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil , onde se inicia o aprendizado da criança sobre o Meio Ambiente.


NATUREZA E SOCIEDADE


Introdução


O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveis diante do qual elas se mostram curiosas e investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas as suas indagações e questões. Como integrantes de grupos socioculturais singulares, vivenciam experiências e interagem num contexto de conceitos, valores, idéias, objetos e representações sobre os mais diversos temas a que têm acesso na vida cotidiana, construindo um conjunto de conhecimentos sobre o mundo que as cerca.
Muitos são os temas pelos quais as crianças se interessam: pequenos animais, bichos de jardim, dinossauros, tempestades, tubarões, castelos, heróis, festas na cidade, programas de TV, notícias da atualidade, histórias de outros tempos etc. As vivências sociais, as histórias, os modos de vida, os lugares e o mundo natural são para as crianças parte de um todo integrado.
O eixo de trabalho denominado Natureza e Sociedade reúne temas pertinentes ao mundo social e natural. A intenção é que o trabalho ocorra de forma integrada, ao mesmo tempo em que são respeitadas as especificidades das fontes, abordagens e enfoques advindos dos diferentes campos das Ciências Humanas e Naturais.


Objetivos


Crianças de zero a três anos


A ação educativa deve se organizar para que as crianças, ao final dos três anos, tenham desenvolvido as seguintes capacidades:
-explorar o ambiente, para que possa se relacionar com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse;


Crianças de quatro a seis anos


Para esta fase, os objetivos relacionados para a faixa etária de zero a três anos deverão ser aprofundados e ampliados, garantindo-se, ainda, oportunidades para que as crianças sejam capazes de:
-interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando idéias;
-estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico do seu grupo social e de outros grupos;
-estabelecer algumas relações entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade de vida humana.

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil vol. 3 Brasília MEC/SEF, 2002

sábado, 13 de março de 2010

Meio Ambiente e Educação Física


Meio Ambiente e Educação Física



Olhar o meio ambiente e toda a sua complexidade a partir das aulas de educação física é tarefa extremamente delicada, dada à abrangência e a profundidade das temáticas. Algumas temáticas e suas discussões se sobrepõem o que, ao invés de ser considerado negativo, pode ser mais um instrumento para o enfrentamento da realidade social.



Condições Ambientais e Aulas de Educação Física



A análise da incidência de sol e chuva em quadras externas, do excessivo calor e falta de ventilação em quadras fechadas e as soluções para a diminuição das interferências negativas dos fatores climáticos nas aulas poderiam configurar-se em um projeto de trabalho. Alguns encaminhamentos seriam, no caso da incidência de sol e ou calor excessivo, o plantio de árvores que deve levar em consideração o tempo de crescimento, o posicionamento, o tipo de árvore e de copa, as correções no solo para melhor germinação, o espaçamento entre as árvores.
Poderia ser avaliado o material a ser utilizado nas aulas, o impacto ambiental gerado para a sua confecção, assim como para a construção das quadras e outros espaços para a pratica das aulas. A partir da problematização de um fato relacionado à aula de educação física, estaríamos mobilizando uma série de conhecimentos (conceituais, procedimentais e atitudinais) que poderiam ser extremamente úteis ao cotidiano dos alunos, sobretudo pelo fato de estimular a vivência social cidadã e ambiental.


Espaço Público de Lazer e Educação Física



Outro grande tópico apresentado pelo tema transversal meio ambiente propõe-se analisar as diversas maneiras de relacionamento entre a sociedade e o meio ambiente. Uma interface promissora dentro dessa temática relaciona-se às reflexões sobre a extinção ou privatização dos espaços públicos destinados as atividades de lazer e recreação. Entender as razões históricas e estruturais responsáveis pela apropriação dos espaços públicos de lazer e buscar alternativas para assegurar condições mínimas de segurança e adequação bem como estratégias para a ampliação da oferta dos espaços por parte dos órgãos públicos caracterizam-se como uma ação pedagógica significativa.
A efetivação da cidadania pela Educação Física, passa pelas discussões envolvendo o lazer e a disponibilidade de espaços públicos para as práticas da cultura corporal de movimento. Essas são necessidades essenciais ao homem contemporâneo e, por isso, direitos do cidadão. Os alunos podem compreender que os esportes e as demais atividades corporais não devem ser apenas privilégio dos esportistas profissionais ou das pessoas em condições de pagar academias ou clubes. Dar valor a essas atividades e reivindicar acesso a centros esportivos e de lazer no ambiente em que vivemos e programas de praticas corporais dirigidos à população em geral pode ser incentivado a partir dos conhecimentos adquiridos nas aulas de Educação Física.
A problemática da inadequação do espaço físico para a prática de atividades corporais também pode ser identificada no interior das escolas, especialmente das públicas.



Esportes de Aventura e o Meio Ambiente



Em oposição à vertente institucionalizada do esporte espetáculo em que preponderam as práticas mecanizadas, a eficácia do rendimento corporal e a produção de bens e serviços, os esportes de aventura buscam resgatar os valores de beleza natural, satisfação, auto-superação, auto-conhecimento liberdade, cooperação e solidariedade. É necessário, então, um olhar mais cuidadoso em relação à inserção dos esportes de aventura e as suas influências no cenário da cultura corporal de movimento.
O cenário desportivo, impulsionado por uma necessidade, principalmente de países frios, gerou a tendência de levar o desporto do exterior para o interior, para o espaço fechado e coberto, hoje acontece, ou começa a acontecer, o inverso, a tendência, é a de levar o desporto para o espaço aberto, para o ar livre, para o exterior, para a natureza.
Tal tendência pode ser evidenciada pela crescente busca dos esportes de aventura, o que pode carregar valores que retratam uma nova dimensão do relacionamento homem-natureza.
O esporte de aventura, sobretudo aquele realizado junto à natureza, representa mais uma possibilidade de aproximação entre o indivíduo e o meio ambiente, devido à interação com os elementos naturais e as suas variações, como sol, vento, montanha, rios, vegetação densa ou desmatada, lua, chuva, tempestade, desencadeando atitudes de admiração, respeito e preservação.
Seria ingênuo acreditar que o simples contato com a natureza fosse condição suficiente considerar o indivíduo como defensor do meio ambiente, mas é certo que quando conhecemos melhor o meio ambiente, tomamos consciência e temos a sensibilidade aumenta para a sua conservação.

~

http://www.efdeportes.com/efd100/ma.htm